domingo, 7 de julho de 2013

O MEU AMOR POR ELA


                             
            O meu amor por ela, é a soma dos grãos de areia de todas as praias do litoral brasileiro, onde nem todas as tempestades e nem todas as maremotos serão capazes de varrer do litoral.
            O meu amor por ela, é a soma das gotículas pluviais do dilúvio, onde nada e nem ninguém será capaz de conter a imensa força do que sinto por ela.
            O meu amor por ela, é a soma de todas as estrelas do céu, e não importa o quanto chova torrencialmente aqui embaixo, elas sempre estarão, nos mesmos lugares brilhando acima de tudo e de todos.
            O meu amor por ela, não precisa de propaganda, platéia, patrocinadores. Meu amor por ela precisa somente de um coração para sentir as emoções e guardar as lembranças mais íntimas de um amor indestrutível.
            O meu amor por ela é a minha maior qualidade; é o que me faz levantar da cama todos os dias, aguentar a poluição do ar, procurar um novo emprego e suportar as madrugadas sombrias de insônia e depressão.
            O meu amor por ela, aumenta toda vez que no radio toca a nossa canção, toda vez que alguém fala o seu nome e toda a vez que meus olhos miram em direção aos olhos dela.
            Mesmo que me falte motivos pra viver, o meu amor por ela me trará mil motivos pra gostar da vida. Mesmo que a tristeza roube a minha alegria, o meu amor por ela trará de volta o sorriso para o meu rosto.
            Levantar, caminhar e respirar, são coisas inúteis para quem não tem motivos pra viver, e eu tenho motivos; um deles é cultivar e me deleitar nesse imenso e eterno amor que sinto por ela.

                                  (Richar Conceição)

domingo, 14 de abril de 2013

SE TE AMAR...



Se te amar é uma doença
Eu estou em Estado Terminal
Pois eu te amo mais do que pensa
Eu te amo além do normal

Sou um louco, ou talvez desesperado,
Cujo drama é não querer te perder!
O seu amor é o meu remédio controlado
É a droga que me ajuda a viver

Se te amar é uma loucura
Vou apodrecer nessa loucura sem fim
Pois minha vida sempre foi amargura
Quando eu não tinha você junto a mim

Sou um demente que te quer a todo o momento
E que padece num temporal de emoção!
O seu amor se aloja no meu pensamento
E faz baderna nesse miserável coração.

(Richar Conceição)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A TEMPESTADE


                                A TEMPESTADE

Noite muito escura, raios cortam o céu e trovões causam medo com seus estrondos que parecem estremecer o chão. É uma noite de domingo, eu e ela tivemos uma pequena briga e estamos conversando só o necessário, mas mesmo assim continuamos caminhando lado a lado, ela indo embora pra casa e eu acompanhando-a e pensando em alguma coisa que possa amenizar o clima pesado que ficou entre nós dois, após uma pesada discussão.
Meu peito dói! Pra dizer a verdade meu peito sempre dói todas as vezes que brigamos, é como se o rancor sufocasse o amor que sinto por ela e a partir daí meu peito começasse a doer, mas eu ainda sou um homem muito orgulhoso e não quero que ela note o quanto estou sofrendo com essa briga que tivemos e nem que ela saiba o quanto as palavras ácidas que lançamos um no outro está me corroendo por dentro.
De repente, uma forte tempestade nos pega de surpresa com suas rajadas de vento, chuva torrencial e muitos raios que clareiam a noite escura. Devido a força da tempestade, ficamos embaixo de uma aba esperando a tormenta passar. Um raio corta o céu, o trovão estremece tudo e pra minha surpresa ela me abraça fortemente como quem encontra o seu salvador diante de uma tragédia aterrorizante. Eu envolvo meus braços retribuindo o seu abraço, ela me abraça por medo da tempestade, e eu a abraço por medo de perdê-la por causa de um desentendimento medíocre. Ainda abraçados, sinto em seu cabelo o perfume que ela usa, sinto o palpitar do seu coração acelerado e digo baixinho em seu ouvido que eu a amo e que uma briga não pode ser maior que o amor que construímos durante todo esse tempo que estamos juntos. Ela sorri, diz que também me ama, depois me abraça bem apertado, não sei se o abraço tinha mais medo da tempestade do que amor por mim, só sei que por um instante eu estava me sentindo a pessoa  mais feliz do mundo por estar novamente revivendo um grande amor.

                                          (RICHAR CONCEIÇÃO)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

SATISFAÇÃO


                                         
                                              SATISFAÇÃO

Hoje a tarde ao pegar o ônibus pra ir na casa da minha namorada, me deparei com uma cena interessante. Uma mulher de aproximadamente vinte e seis anos de idade sobe no ônibus com um buquê de rosas nas mãos e um sorriso que não conseguia conter, estampado no rosto.
Reparei que ela lia e relia um cartãozinho que tinha junto das rosas enquanto os seus olhos brilhavam como se ela estivesse sentindo uma emoção indescritível para ser dita e somente sentida no olhar de quem não vai conseguir dormir de tamanha satisfação.
A verdade é que a mulher era fisicamente fora dos padrões de beleza impostos pela sociedade, ela não tinha o cabelo mais bem tratado, não usava a sua melhor roupa, não tinha um corpo escultural e muito menos tinha um rosto bonito, mas agora eu pergunto; quantas mulheres que tem todos os pré requisitos estéticos da sociedade se sentem amadas, desejadas e com tamanha satisfação amorosa quanto a mulher que vi hoje a tarde naquele ônibus? A verdade é que muitas mulheres mais bonitas que ela são infelizes em diversos aspectos e dariam tudo pra ter um relacionamento que desse certo e que algum homem as fizessem juras e loucuras de amor que ultrapassassem as barreiras do desejo sexual e as amassem pelo que elas são e não pelo fato de terem um bumbum empinado, seios fartos, cabelos bonitos e rosto bonito, pois só a beleza não garante um amor de verdade, já que cedo ou tarde uma e outra mulher mais bonita e com o corpo mais sedutor vai aparecer pelos caminhos da vida.
Eu digo isso, pois vejo no meu Facebook mulheres jovens, bonitas, sensuais e com todas as babaquices estéticas que a sociedade impõe serem infelizes no amor. Vejo diariamente essas mesmas mulheres bonitas querendo alguém que as amem além da beleza exterior, alguém que as deixe com o brilho no olhar e com o sorriso estampado no rosto como a mulher que vi hoje no ônibus, de repente ela não tem a beleza que gostaria, talvez ela não tenha a roupa que gostaria de vestir, mas com certeza ela tem o que muitas mulheres bonitas, gostosas e da classe média não tem; alguém que lhes faça sentir a satisfação de serem amadas, desejadas e correspondidas no amor.

                                                   (RICHAR CONCEIÇÃO)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

CADÁVER FEMININO



                                           CADÁVER FEMININO

Ao amanhecer, eu a vi deitada numa área bastante deserta de um terreno baldio. Continuava linda como sempre; com seus cabelos loiros, a pele clara, cada vez mais pálida, o corpo nu, os seios fartos e o rosto pálido, porém a palidez do seu rosto não diminuía a beleza contida nos seus dezesseis anos de vida.
No fundo da minha alma perturbada, começaram a nascer sentimentos estranhos; um instinto de repugnância misturado com a vontade derradeira de tê-la aos meus braços.
Eu queria sentir a sua respiração ofegante junto ao meu corpo, mas seus pulmões já deixaram de respirar. Eu queria sentir a doçura daquela boca mordendo e beijando os meus lábios, mas aquela boca se tornou um ninho de formigas onde as moscas pousam sobre os seus lábios macios.
Eu queria sentir o calor daquele corpo nu pesando sobre o meu corpo e poder me deleitar com sua malícia, pudor e virgindade, mas o seu corpo não tem mais o calor que tinha e nele ainda estão as marcas de que sua virgindade foi arrancada brutalmente por um psicopata, louco e estuprador.
Eu queria sentir novamente, o perfume feminino que aquela moça exalava todas as manhãs quando saía do banho; os cabelos molhados, corpo perfumado e roupa justa. Mas agora, nada mais se compara com as lembranças; o cabelo molhado está seco e quebradiço, as roupas justas foram arrancadas violentamente, e da fragrância daquele corpo perfumado sobrou apenas o pútrido e fétido odor causado por esses três ou quatro dias em que o corpo esteve se decompondo.
Quis olhar pela última vez as curvas daquele corpo com a esperança de guardar na minha memória a derradeira sensação de prazer que ela me fazia sentir, mas as curvas já estavam praticamente inexistentes no seu corpo, pois o inchaço da decomposição dava um aspecto incomum nas suas coxas, membros flanco.
Restou para mim apenas as lembranças dos momentos que idealizei e jamais poderei concretizar, pois a morte daquela moça levou para sempre a minha esperança de ser feliz ao lado de quem desejei, chorei e amei em silêncio.

                                               (Richar Conceição)